12 de março de 2011

PALMEIRAS: o porquê de uma boa defesa e um ataque com dificuldades


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(foto: Fábio Braga/Folhapress)
Desde o final de 2010, o time do Palmeiras já vinha apresentando problemas na hora de finalizar a gol: foi o 6° pior ataque do Campeonato Brasileiro, com apenas 42 gols (média de 1,1 gol por partida). A maioria dos gols eram resultado das ótimas cobranças de falta de M. Assunção.

O ano de 2011 iniciou de maneira muito parecida, com o ataque palmeirense sofrendo a cada jogo para conseguir marcar seus gols. Para piorar, o pé de M. Assunção parece não estar tão calibrado quanto no ano anterior, conseguindo apenas 1 gol nessa temporada.
Como aspecto positivo, vale ressaltar o sistema defensivo Palestrino, com apenas 7 gols em 14 jogos.

Mas afinal, por quê o Palmeiras apresenta uma boa defesa mas sofre tanto na hora de marcar gols?
Não entrarei no mérito de avaliar a capacidade técnica de alguns jogadores (Luan, Dinei...), mas sim analisar os aspectos táticos defensivos e ofensivos da equipe palmeirense.

Sistema Ofensivo
O sistema de jogo escolhido por Felipão desde o ano passado é o 4-2-3-1, que na prática, com jogadores pouco ofensivos como Luan e Tinga, se aproxima mais de um 4-5-1. O problema, todos já sabem: sem a aproximação do meio-campo, o atacante palmeirense fica isolado e passa a ser ineficiente.

Nesse sistema de jogo, o Palmeiras atua como se tivesse um camisa 9 lá na frente, lançando e cruzando muitas bolas, mas a verdade é que não temos um atacante de ofício e nem provavelmente o teremos num futuro próximo!

Se analisarmos o sistema de jogo 4-2-3-1, percebemos 3 requisitos básicos para que ele funcione ofensivamente:
  • os pontas devem atacar a diagonal da grande área se aproximando do atacante ou realizar tabelas com os laterais;
  • o meio-campo ofensivo deve se aproximar tanto do ponta que tiver a bola, quanto do atacante centralizado dentro da área;
  • o atacante central deve ter as características de um jogador de área: bom posicionamento, jogar de costas para o gol adversário, ser bom finalizador/cabeceador, etc..
(clique na imagem para ampliá-la)
No Palmeiras, temos:
  • Luan e Tinga como pontas, sendo que nenhum dos dois têm a característica de atacar a diagonal da grande área adversária (no máximo, fazem algumas poucas tabelas com os laterais);
  • Valdívia como meio-campo ofensivo, que reencontrando seu bom futebol, se encaixa perfeitamente nas características citadas;
  • Kleber como atacante central não rende tão bem, pois é um jogador que gosta de recuar para buscar a bola, além de conduzi-la muito bem e tabelar para entrar na grande área.
Sistema Defensivo
Além das ótimas atuações de Deola, a escolha do 4-2-3-1 (4-5-1) como sistema de jogo beneficia o sistema defensivo palmeirense. Em situações de ataque estruturado do adversário, os pontas Luan e Tinga recuam para formar duas linhas defensivas de 4 jogadores, com apenas Valdívia e Kleber à frente da linha da bola (4-4-1-1).
Veja no vídeo:
Rodrigo Coelho
Equipe TAKTIKUS
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